Dados biográficos
Francisco Chinita. Pintor, desenhador cujo trabalho se baseia no óleo e no grafite com os quais, durante anos, trabalhou no Surrealismo e no retrato.
Nos últimos anos abandona a liberdade onírica do surreal e embrenha-se no realismo e no hiper-realismo como desafio pessoal de superar a criação de Deus, criando a ilusão de uma nova realidade, seguindo uma corrente que teve origem nos Estados Unidos e na Europa em finais do século XX e cada vez mais seguida pelos artistas de todo o mundo como técnica para o futuro. No Hiper-realismo está patente a máxima de que não é o artista que faz a obra, mas a sociedade que este retrata.
Nasce em Évora em dezembro de 1961. Estuda desenho e pintura, passa pelo Surrealismo nos anos 80 e 90 e culmina, em 2005, no Expressionismo abstrato com colagens, argamassas, óleos e acrílicos sobre tela num grito de libertação mas, as origens falam mais alto e fazem-no voltar, em cada obra, à representação das imagens anatomicamente perfeitas para mostrar que no desenho reina a mãe de todas as técnicas e sem ele, nada é possível.
Eterno apaixonado pelo desenho realista com o qual se tornou retratista com técnicas próprias a Grafite, numa tentativa de aproximar o mais possível o seu trabalho à perfeição da fotografia, foi o passo natural, seguindo em parte o trabalho anterior do surrealismo fotográfico, para passar do desenho ao hiper-realismo a óleo.
"Tornaram-se pintores porque sabiam que há muitas coisas que nunca vão poder dizer-se"
Rainer Maria Rilke